Transformação e mudança foram as palavras principais do SPFW que aconteceu de 23 a 28 de outubro. E óbvio que estive por lá e conto tudo para vocês!
Mais conteúdo, menos close, mais gente trabalhando mesmo!
Acho que de tanto as pessoas reclamarem do evento, Paulo Borges tomou uma atitude e mudou mesmo! (Não vem fazer a falsiane, que o que mais ouvia eram reclamações do evento)
Em uma tenda menor no Ibirapuera poucas marcas desfilaram, também em uma sala de desfile menor. Muitas marcas optaram por locações externas e durante a semana rolou um workshop/bate papo com nomes renomados da moda nacional. E mesmo pequeno, foi lindo!
Os workshops com o título de Fio da Meada, que foram realizados no Shopping Iguatemi em São Paulo, tinham temas para todos os setores e gostos da moda, indo de fotografia, tecelagem até mídias sociais com nomes nacionais renomadíssimos!
Transformação
Nas passarelas a moda brasileira também se expressou de maneira linda! Parece puxa-saquismo mas Ronaldo Fraga arrasou mais uma vez. Em sua passarela ele emocionou e trouxe uma causa pouco comentada no Brasil, o tempo médio de vida da transsexual. E as colocou em evidência em um desfile com um casting composto por trans e uma roupa linda! Eu tive a oportunidade de viver cada momento deste desfile lá do backstage, vendo a emoção de toda a equipe envolvida. E foi lindo!
E Ronaldo mais uma vez usou a moda e seu poder como estilista para levantar temas e causas importantes para o nosso país. Não é a toa que seja o desfile mais esperado da temporada. De toda a temporada! Pelo menos é o que eu mais gosto de assistir.
Falando em coleção seus vestidos tinham a mesma modelagem. O que os diferenciava um dos outros era o grafismo que nos lembrava um 3D e as mangas bufantes colocadas sob uma peça ou outra. Falando em roupa, acho que foi uma das coleções mais lindas que ele já fez.
O mundo gira
Coca-Cola Jeans trouxe sua coleção para o SPFW com a assinatura de Sasha, filha da rainha dos baixinhos.
Xuxa, que em algumas temporadas foi considerada um ícone brega brasileiro, reinou na primeira fila vendo sua filha arrasar tanto no desfile quanto como estilista na coleção de Coca-Cola. Ponto positivo para as duas!
Na passarela de Coca-Cola também tivemos os Coke Stars que lotaram o Ibirapuera e a sala de desfile com seus fãs clubs. Eu juro que não sabia o quanto a Xuxa é famosa no Brasil! Quando ela chegou, tinha muita gente do lado e fora, e as pessoas faziam selfies com o carro de Xu! Pensei até que fosse a Lady Gaga. Se lembram da saideira do desfile de Marc Jacobs que peguei em NY em fevereiro? Quem me acompanhou no snap sabe bem do que estou falando.
I love quebrada!
Cinquenta tons de pele, vitiligo, modelos, gordonas em uma passarela cheia de looks de street style e atitude! Emicida e Evandro Fióti com a direção criativa de João Pimenta, transformaram os padrões da moda com o desfile da LAB.
E quer coisa mais linda do que toda essa diversidade e gente real na passarela? A moda é uma expressão de nós mesmos! E porque não colocar mulheres ou homens vestindo 60 na passarela? Com uma roupa bonita e de qualidade? E foi isso o que eles fizeram, não excluindo ninguém. Quer mais transformação do que isso?
União
Experimento Nohda uniu as três marcas do grupo: Patrícia Bonaldi, Lucas Magalhães e Luiz Claudio em uma coleção única.
Os três estilistas colocaram sua essência e cada peça tinha um pouquinho de cada um deles. O resultado não poderia ser diferente: Uma coleção rica e totalmente mineira.
Dizem as más línguas que a união veio da crise. Se veio ou não, estava bem bonito!
Essência
Osklen, Glória Coelho, Reinaldo Lourenço, A Brand, Animale, Ratier, Helo Rocha e todas as outras marcas que desfilaram trouxeram a essência da marca para a passarela! É muito bom ver o DNA de cada uma expressa nos 15 minutos de desfile.
Faltou!
Senti falta de Ellus e Second Floor arrasando na passarela. Senti falta também da gigante Riachuelo, que manda no Brasil! Quem sabe na próxima temporada não teremos eles desfilando? #oremos!